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Lugar pra se colocar idéias, bobagens e loucuras da vida anônima.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

histórias da vida real

De volta com o HISTÓRIAS DA VIDA REAL

Como eu falei escrevi, estou de volta. Pena que esse post seja pra falar de algo triste.

>>Aceitação.<<



acho que vocês lembram do que eu falei uns posts atrás sobre a homofobia... "eu não quero ser aceito, quero ser respeitado!"

bem, eu acho que os dois são difíceis. ou vem sendo para algumas pessoas.
venho acompanhando o drama de um amigo nessa fase de se aceitar e viver sua sexualidade, se assim posso dizer.
ele teve sempre minha ajuda e de nossos amigos. porém está chegando a hora de falar para a família. 
eu conversei e pedi pra ele ir devagar, aos poucos ir falando algo, de um amigo, de mim (se for o caso). mas o que acontece é que ele vem se deparando cada vez com a homofobia na família. 
alguns amigos já falaram que ao saberem que seu filho, seu irmão, seu neto, sobrinho, bem, ao saberem que o seu amado parente é gay eles vão entender e vão amá-lo da mesma forma, vai ser difícil no começo mas eles vão aceitá-lo. 

eu parei pra pensar e achei podia ser sim, até que esse amigo veio me falar ontem o que aconteceu na sua casa.
Pai: "graças a deus eu nunca precisei passar por nada disso, ter um filho gay seria uma vergonha!"
Mãe: "eu até gosto desses que bicham, mas só porque me fazem rir muito" 
Pai: "isso pra mim é safadeza, é falta de vergonha!"
meu amigo? 
levantou se despediu dos pais e voltou pra sua casa em pleno domingo pra chorar muito. pra ter certeza que ia perder sua família no dia que eles soubessem, porque ele já decidiu eles vão saber.

realmente ouvir isso não é nem um pouco fácil e ainda por cima saber que você é a "aberração" que eles mais abominam... 
quer saber o que eu penso? 
eu acho que consigo viver sem minha família. se no lugar onde eu fui criado eu não sou aceito, nem respeitado porque eu devo considerar-me da família? 
pode parecer até pesado, mas eles sabem como vir até mim, não serei eu o que pedirei desculpas e direi que vou mudar. 

mas isso tudo meu amigo que pode resolver, não sou eu. 
e esse foi mais um (triste) história da vida real.
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>> Luna! sua linda, saudade que eu tava disso aqui.

>> Frederico, tentar não deixar isso de lado! =D

>> FRED, o senhor teve sua semana agora sou eu! hahahaha

3 comentários:

Frederico disse...

eu acredito que pai e mãe devem amar o filho independente da orientação sexual, se existe amor existe a aceitação, claro que as vezes isso pode gerar alguns conflitos ou demorar um pouco, mas se ama de verdade aceita.

Ma disse...

Rapaz, uma coisa é o que eles acham, outra coisa é se ver no meio da história.

Lembro que meus pais falavam quando era criança que skate é coisa de vagabundo, que tatuagem e piercing são coisas gente que não presta e etc. Quando cresci e fui enveredando por esses caminhos, eles sabiam que eu não era nada disso, e que por mais piercings que eu colocasse, isso não mudaria meu caráter. Hoje sou muito do que meus pais rejeitavam a anos atrás, e eles me amam por isso e nunca chegaram a me repreender de maneira mais incisiva sobre isso.

Pros pais do seu amigio certamente vai ser diferente também, principalmente porque parece que ele não aparenta ser gay. A sociedade ainda tem uma imagem muito estereotipada de ser gay.

Mas enfim, histórias complicadas, mas sem elas a vida perde a graça, hehe

Quanto a família, eu também viveria muito tranquilamente sem todos eles, mas isso é um traço da minha personalidade, e nada motivado por repulsa a eles, medo, etc....

abs

Luna Sanchez disse...

Muito triste mesmo...

Eu te entendo quando diz que conseguiria viver longe da família se fosse o preço para poder ser quem é, sem se sentir um ET. Passar a vida se desculpando por se assumir é uma forma de prisão, um castigo terrível.

E outra : por que as pessoas ainda acham que homossexualidade é sinônimo de falta de vergonha na cara? Juro que não entendo isso.

Lamento pelo teu amigo. De verdade.

Um beijo bem grande, queridão!