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Lugar pra se colocar idéias, bobagens e loucuras da vida anônima.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Quem diria...

Viajei nesse feriado.
O lugar onde fui deu pra ter noção de como as pessoas estão agindo com os homossexuais, tanto do lado bom como do lado ruim. Em suma, eu posso dizer que foi mais pro lado bom. 
Fui surpreendido com um lugar cheio de gente alternativa (que eu adoro), de lésbicas, gays, quase uma parada.  (hehehehe)

Tive um rolinho de feriado, que foi muito legal e foi com isso que comecei a ver atitude das pessoas.
Em um barzinho (que adorei) todos estavam se pegando, se beijando, paquerando, conversando. O lugar era ótimo, música da boa, sem muita gente, perfeito. 
Daí começa minha caçada meu velho jogo de gato e rato. Alguém passa me olha e eu gostei de ser olhado e do que olhei. hehehehehe
Fui atrás e assim que o vi fiquei um pouco distante tomando minha bebida, fumando meu cigarro e a pessoa me olhando também, ficamos nessa troca de olhares e ele chama uma menina, pergunta sobre mim e ela olha com uma cara do tipo "nunca vi na vida" (afinal eu era novo no lugar). Com isso rimos um pro outro e nos aproximamos. Papo vai papo vem, vimos que rolava química e ficamos conversando e rindo mais. 
Daí como estávamos fora do bar, na verdade na frente, tinha algumas pessoas na rua que começaram a olhar pra nós e uma delas soltou a frase: agora é assim, somos obrigados a ficar vendo esse "povinho" em todo lugar. 

(Eu não sei quando passei a ser tão defensor de qualquer coisa, mas percebi que era uma causa pela qual luto e não qualquer uma, assim eu não deveria ficar calado. Se eu quero respeito tenho que primeiro de tudo me impor.) 
Perguntei que “povinho” ela estava se referindo e ela me responde que o povinho eramos nós, gays que ficam se pegando na frente dos outros (pra começar nós nem tínhamos dado dois beijinhos, estávamos apenas sentados e conversando). 
Eu já ia começar a falar quando meu amigo pediu pra q eu ficasse na minha e entrássemos. Eu fiquei muito P. da vida. Fui pra dentro do bar com muita raiva por ter ficado calado.
Depois de um tempo saímos e tinha mó galera lá fora, vieram falar conosco e disseram que as pessoas que falaram aquilo não eram bem-vindas naquele lugar e que alí ninguém tinha preconceito com nada.
Isso pra mim foi muito legal, adotei aquele lugar por todo feriado. Fiquei com meu rolo e foi muito bom.

Tudo isso que aconteceu me fez ver o quanto as pessoas estão mudadas, mesmo existindo, ainda, uma galera primata. E Pela forma como agi, querendo uma resposta dos “cidadãos”, levei uma bronca dos amigos, eles acham que devo lutar, mas tenho que tomar cuidado. Eu sei que não posso ser extremista, não posso obrigar ninguém achar bonito ou legal eu ser gay, mas posso lutar, isso eu sei que posso, por respeito comigo e com meus amigos. 



2 comentários:

Anônimo disse...

Olha que esse anônimo virou defensor da causa mesmo! Fico tão orgulhosa de tu! O cuidado das pessoas que estão próximas a você é compreensível. A galera do mau não brinca em serviço... Mas sua atitude é muito positiva.

Fred disse...

Mas eu já quebrava a cara de todo mundo... hehehehe! Aqui no RS é assim. Hehehehe! Just kidding! Hugz, man!